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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

HENRIQUE RODRIGUES PINTO
      ( BRASIL - RIO DE JANEIRO )

 

Formou-se em Letras pela UERJ, cursou especialização em Jornalismo Cultural, também na UERJ, fez mestrado e doutoramento em Literatura na PUC-Rio. Trabalha no Sesc Nacional, como assessor técnico em literatura, coordenando projetos de incentivo à leitura e circulação de manifestações literárias. É autor dos livros: A musa diluída (2006), Versos para um Rio Antigo (2007), Machado de Assis: o Rio de Janeiro de seus personagens (2008), O segredo da gravata mágica e O segredo da bolsa mágica (2009), Sofia e o dente de leite (2011), Alho por alho, dente por dente (com André Moura; 2012), O próximo da fila (2015), Palavras pequenas (2016), O pé de meia e o guarda-chuva (2017). 

 

POESIA SEMPRE  Ano 8  Número 12  Diretor Executivo   Ivan Junqueira.  Rio de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, abril 2000.  322 p. No. 10 392
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

       Despertar das rimas riquíssimas

Acorde! O dia está de acordo
com os seus sonhos: vem na cor do
sol, com penumbra de névoa...
Acorde! Pela chaminé voa
o seu corpo, à mercê do
olhar que vem de longe... É cedo.
Acorde com os olhos úmidos,
molhados no perfume dos
sorrisos quase inaudíveis,
como quem quer sentir vez
por outra que há o mal mas
há o bem também nas almas...
Acorde! E que durma a ânsia
de que não há amanhã, se a
noite não for o fim do
dia, que é algo nunca findo
pois se renova em alvoradas...
Acorde! E que o tom voraz das
horas cale esse silêncio
seu, e aí não pense o
dia como o que restou dos
sonhos que se acabam todos...

(a partir de “Berceuse das rimas
riquíssimas”,
de Guilherme de Almeida)



Barcarola

Navigare necesse: vivere non es necesse.
Pompeu

Durante a neblina cega
No leito da noite fria
O navegante carrega
Todo o cansaço do dia.
Caminhar não poderia...
Mas ainda assim navega.

E vai seguindo a corrente
E ao silêncio se apega.
A água lhe é transparente
Malgrado a neblina cega,
Que tudo visível nega
A toda visão silente.

A chuva o seu barco rega
e assaz cai na correnteza.
Mas ainda assim navega.


Dois

Meu barco em pleno mar parou um dia,
Num tempo de maré muito agitada.
E vi a sua proa iluminada,
Enquanto, lá na popa, anoitecia.

Sentado eu a bombordo, também via
Em duas minha imagem separada.
Havia na direita a gargalhadas;
Do outro lado, só melancolia.

Daquilo então ficou-me uma certeza:
O riso é o irmão gêmeo da tristeza,
E um lado outro sempre complementa.

No mar, se o lado esquerdo sofre e falha,
O outro toma o leme e então gargalha,
Pois navegar sozinho nenhum tenta.



*
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Página publicada em junho de 2025.



 

 

 
 
 
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